sábado, 30 de março de 2013

Eu não quero uma vida Fast food!

Eu não quero uma vida fast food.
Não vou fazer amor com seu dinheiro.
A minha alma não está a venda no mercado.
meus medos não flutuam com o câmbio.


Não quero uma vida financiável.
Viver aos poucos em suaves prestações.
Fingindo orgasmos
Fingindo que sou o que não sou.

Não vou viver dando risadas falsas
Nem ocultando o choro
Reprimindo o grito
A minha fúria não é negociável.

Não vou vender meu tempo baratinho
Mais uma peça na linha de produção
Não vou deixar que me tratem como máquina
e atirem ao lixo o que ainda me resta de humano.

Meus momentos de prazer e de orgia
Minhas horas de choro e de alegria
Isto eu não vendo, não troco, não financio.
Eu só dôo, empresto, e compartilho.

Porque os juros do que não se fez
São exorbitantes
E um sonho não consumado
É impagável.

Não se quita uma dívida com a vida.
Credora implacável
ela não aceita nenhum pagamento
além de si mesma.

                                                                                                                     (Audrei Teixeira)

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